Crescemos e ficamos assim, aprendemos a dizer que damos conta, que podemos nos levantar, que somos fortes e auto-suficientes.
O mundo nos pede isso a cada momento.
Esquecemos o que é estender a mão pra cima a espera de um apoio, um suporte.
Crescemos assim, amadurecemos assim e envelhecemos assim.
Mas em alguns momentos descobrimos que muitos são mãos amigas, nós mesmos as somos para quem amamos.
Aprendemos a dar apoio aqueles que precisam.
Só que, a cada nascer do sol, menos são aqueles que sabem pedir ajuda. Qual a última vez que pedimos ajuda a um amigo ou chamamos nossa mãe?
Vamos aprendendo a esconder nossas fraquezas, a esconder nossas verdadeiras fragilidades.
Esquecemos como é chorar no colo de quem amamos, deixamos pra trás o calor de um abraço e da voz confortante de quem confiamos, de um sorriso, do brilho do olhar, de um cafuné sem pressa.
Ao primeiro sinal de dificuldade ou de nossas depressões cotidianas somos compelidos a nos isolar, a fingir ao mundo que está tudo bem conosco.
Sofremos mais para parecermos fortes, e assim nos afogamos em nossas fraquezas.
Ser forte é assumir seu “Eu” de peito aberto.
Ser forte é saber que suas lágrimas são tão importantes quanto seus sorrisos.
Afinal são as mesmas que, subitamente, se fazem presentes nas maiores tristezas e maiores alegrias de nossas vidas.
Às vezes esquecemos que lágrimas só secam se forem choradas.